DIA MUNDIAL DA FELICIDADE
COMO SER FELIZ EM MEIO AO CAOS QUE VIVEMOS?
Ontem 20 de Março foi comemorado o Dia Internacional da Felicidade ou International Day of Happiness, como é conhecido internacionalmente, que tem como objetivo promover a felicidade e alegria entre os povos do mundo, evitando os conflitos e guerras sociais, étnicas ou qualquer outro tipo de comportamento que ponha em risco a paz e o bem-estar das sociedades.O início de tudo isso foi no ano de 2012 quando houve uma reunião na ONU para ser discutido o seguinte tema:
"Felicidade
e Bem-Estar: Definindo um Novo Paradigma Econômico".
E, foi
exatamente durante essa reunião, que por iniciativa da Organização das Nações Unidas,
surgiu a idéia de se criar o Dia Internacional da Felicidade e celebrá-lo
anualmente
E, o
"pontapé inicial" da iniciativa foi do Butão, um pequeno país
asiático, que se orgulha de possuir uma das populações "mais felizes
do mundo".
Com aprovação
total dos 193 países-membros, a proposta de Butão foi aceita e o Dia
Internacional da Felicidade passou a incorporar o calendário oficial da ONU em
20 de março, desta forma então em 2013 ele foi celebrado pela primeira vez.
Além da celebração,
também desde 2012 passou a ser divulgada
uma lista com os países mais felizes do mundo, é o World Happiness Report (“Relatório
Mundial da Felicidade”, em tradução livre)
O ranking é feito a partir da avaliação de fatores como bem-estar
da população, apoio social, honestidade dos governos, ambientes seguros e vidas
saudáveis.
“A
desigualdade de felicidade reduz significativamente as avaliações médias de
vida”,
afirma Richard Layard, co-diretor
do Programa de Bem-Estar do Centro de Desempenho Econômico da LSE (London
School of Economics and Political Sciences).
“Isso
significa que as pessoas são mais felizes em viver em sociedades sem extrema
disparidade na qualidade de vida”
completa Layard.
Na edição de 2020, nenhum país
latino-americano aparece nas dez primeiras posições.
Nas Américas, o Canadá ficou em 11º
lugar e a Costa Rica, em 15º.
O World Happiness Report é
uma publicação do Sustainable Development Solutions Network das
Nações Unidas, alimentada com dados do Gallup World Poll, e apoiada por
parceiros como Ernesto Illy Foundation, Blue Chip Foundation e Unilever.
O Relatório Mundial da Felicidade
2020 classifica 156 países, de acordo com as avaliações dos próprios
habitantes, e foi lançado no último dia 20 de março, Dia Mundial da Felicidade.
Veja o ranking com os 10 primeiros:
1 Finlândia
2 Dinamarca
3 Suiça
4 Islândia
5 Noruega
6 Holanda
7 Suécia
8 Nova
Zelândia
9 Luxemburgo
10 Áustria
Pelo quarto ano consecutivo, a Finlândia foi eleita o lugar mais
feliz do mundo, segundo um relatório anual divulgado nesta sexta-feira (19/03),
patrocinado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O Relatório de Felicidade Mundial 2021, feito pelo Gallup
World Poll com base em dados de 149 países, destaque para a Nova Zelândia (o
único país não europeu) entre os top 10
Na outra ponta da lista, considerado o país mais infeliz do mundo,
está o Afeganistão, seguido de Zimbábue, Ruanda, Botswana e Lesoto.
O Brasil caiu três posições em relação à pontuação de 2017 a 2019,
saindo da 32ª para a 35ª posição.
Normalmente, o relatório compila dados dos três anos anteriores de
pesquisas, para aumentar o tamanho da amostra. Porém, em 2020, devido ao
impacto da pandemia de covid-19, um outro ranking também foi divulgado,
comparando os últimos resultados apenas aos do ano passado. Nesta comparação, a
queda do Brasil é de nove posições e o país fica em 41ª lugar.
No entanto, as coisas melhoraram para 22 nações. Vários países
asiáticos se saíram melhor do que no ranking do ano passado. A China, por
exemplo, saltou dez posições, do 94º para o 84º lugar.
Para chegar à pontuação, residentes dos países são questionados
sobre o seu próprio nível de felicidade e as respostas são cruzadas com seis
fatores: Produto Interno Bruto (PIB), expectativa de vida, suporte social,
liberdade para fazer escolhas, generosidade e percepção da corrupção.
Os autores explicaram que, este ano, houve uma "frequência
significativamente maior de emoções negativas" em pouco mais de um terço
dos países, provavelmente devido aos efeitos da pandemia.
"Surpreendentemente, não houve, em média, um declínio no
bem-estar quando medido pela avaliação das próprias pessoas sobre suas
vidas",
disse John Helliwell, um dos autores.
"Uma possível explicação é que as pessoas veem a covid-19 como
uma ameaça externa comum, que afeta a todos, e isso gerou um maior senso de
solidariedade",
explicou.
A Finlândia obteve uma classificação muito alta "em
medidas de confiança mútua que ajudaram a proteger vidas durante a
pandemia", de acordo com o estudo.
Apesar de seus longos invernos e da fama dos seus habitantes,
considerados pouco expansivos, a Finlândia goza de um padrão de vida muito
elevado, serviços públicos eficientes e muitas florestas e lagos. O país
também está muito bem posicionado em termos de solidariedade e na luta
contra a pobreza e as desigualdades sociais.
A nação nórdica de 5,5 milhões de habitantes é considerada
um sucesso no continente quando o assunto é a gestão da pandemia
registrando pouco mais de 70 mil casos de covid-19 e 805 mortes
devido à doença, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.
Os países nórdicos destacam-se no ranking há anos. Antes
da Finlândia, a Noruega venceu em 2017, e a Dinamarca ocupou o primeiro lugar
por muito tempo.
Neste link é possível baixar o
relatório completo:
https://happiness-report.s3.amazonaws.com/2020/WHR20.pdf
Mas voltando a falar em Felicidade, cabe a pergunta: Como ser feliz em meio a todo esse caos que vivemos atualmente?
Fui buscar
pergunta a este questionamento com a Psicóloga Renata Tarpinian que nos traz a
seguinte reflexão:
“Todos nós seres humanos buscamos a felicidade. E é tão mais fácil ser feliz quando tudo transcorre bem na nossa vida, não é mesmo?!
Mas e quando nos deparamos com uma situação como essa que
estamos vivendo com a pandemia? Onde vamos sentindo as coisas saindo do nosso
controle...
Acredito que um dos caminhos que pode nos levar a
experimentarmos a felicidade é a aceitação.
A aceitação envolve abrir mão do controle e a entrega à fé
Divina, que rege tudo e a todos com muito amor e perfeição.
E cabe a nós ficarmos com o momento presente, o aqui e agora,
onde a vida acontece! E cuidarmos das possibilidades que temos ou podemos
criar, para assim experimentarmos mais momentos de felicidade...”
Linda essa mensagem que a Renata nos touxe!
Ainda
sobre a Felicidade, Platão nos diz:
que o mundo material (em que vivemos) é enganoso, instável, e
logo, não pode gerar felicidade. O caminho da felicidade seria então o abandono
das ilusões em direção ao mundo das ideias (inteligível e perfeito), até que se
alcance o conhecimento supremo, a ideia do bem.
Outro filósofo grego que nos fornece uma definição
de felicidade é Aristóteles (384-322 a.C.). sem tirar os pés do chão, este
filósofo afirma
que não se pode abandonar a companhia da família, dos amigos, a riqueza e o poder. Todos esses elementos, e o prazer que deles resulta, promovem o bem-estar material e a paz social, indispensáveis à vida humana.
Além disso, na concepção de Aristóteles, o desfrutar de tais prazeres devem estar vinculado ao exercício (prático) de virtudes, como a generosidade, a coragem, a cortesia e a justiça, que no seu conjunto, podem contribuir para a felicidade completa do ser humano.
E para finalizar, precisamos compreender que vivemos em sociedade, não adianta tentar entender ou encontrar a felicidade dentro de si se nosso entorno não está feliz, se nosso próximo não está feliz, no momento que muitos ao nosso redor estiverem felizes, quando as pessoas a quem amamos e queremos bem estiverem felizes, nós também estaremos.
Sejamos felizes só depende de nós!
Boa semana a todos!