domingo, 21 de março de 2021

DIA MUNDIAL DA FELICIDADE COMO SER FELIZ EM MEIO AO CAOS QUE VIVEMOS?

 DIA MUNDIAL DA FELICIDADE

COMO SER FELIZ EM MEIO AO CAOS QUE VIVEMOS?

Ontem 20 de Março foi comemorado o Dia Internacional da Felicidade ou International Day of Happiness, como é conhecido internacionalmente, que tem como objetivo promover a felicidade e alegria entre os povos do mundo, evitando os conflitos e guerras sociais, étnicas ou qualquer outro tipo de comportamento que ponha em risco a paz e o bem-estar das sociedades.

O início de tudo isso foi no ano de 2012 quando houve uma reunião na ONU para ser discutido o seguinte tema: 

"Felicidade e Bem-Estar: Definindo um Novo Paradigma Econômico".

E, foi exatamente durante essa reunião, que por iniciativa da Organização das Nações Unidas, surgiu a idéia de se criar o Dia Internacional da Felicidade e celebrá-lo anualmente

E, o "pontapé inicial" da iniciativa foi do Butão, um pequeno país asiático, que se orgulha de possuir uma das populações "mais felizes do mundo".

Com aprovação total dos 193 países-membros, a proposta de Butão foi aceita e o Dia Internacional da Felicidade passou a incorporar o calendário oficial da ONU em 20 de março, desta forma então em 2013 ele foi celebrado pela primeira vez.

Além da celebração, também desde 2012 passou a ser divulgada uma lista com os países mais felizes do mundo, é o World Happiness Report (“Relatório Mundial da Felicidade”, em tradução livre)

O ranking é feito a partir da avaliação de fatores como bem-estar da população, apoio social, honestidade dos governos, ambientes seguros e vidas saudáveis.

 

“A desigualdade de felicidade reduz significativamente as avaliações médias de vida”,

 

afirma Richard Layard, co-diretor do Programa de Bem-Estar do Centro de Desempenho Econômico da LSE (London School of Economics and Political Sciences).

 

“Isso significa que as pessoas são mais felizes em viver em sociedades sem extrema disparidade na qualidade de vida”

 

completa Layard.

 

Na edição de 2020, nenhum país latino-americano aparece nas dez primeiras posições.

 

Nas Américas, o Canadá ficou em 11º lugar e a Costa Rica, em 15º.

 

World Happiness Report é uma publicação do Sustainable Development Solutions Network das Nações Unidas, alimentada com dados do Gallup World Poll, e apoiada por parceiros como Ernesto Illy Foundation, Blue Chip Foundation e Unilever.

 

O Relatório Mundial da Felicidade 2020 classifica 156 países, de acordo com as avaliações dos próprios habitantes, e foi lançado no último dia 20 de março, Dia Mundial da Felicidade.

 

Veja o ranking com os 10 primeiros:

 

1             Finlândia

2             Dinamarca

3             Suiça

4             Islândia

5             Noruega

6             Holanda

7             Suécia

8             Nova Zelândia

9             Luxemburgo

10          Áustria

 

Pelo quarto ano consecutivo, a Finlândia foi eleita o lugar mais feliz do mundo, segundo um relatório anual divulgado nesta sexta-feira (19/03), patrocinado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

 

O Relatório de Felicidade Mundial 2021, feito pelo Gallup World Poll com base em dados de 149 países, destaque para a Nova Zelândia (o único país não europeu) entre os top 10

 

Na outra ponta da lista, considerado o país mais infeliz do mundo, está o Afeganistão, seguido de Zimbábue, Ruanda, Botswana e Lesoto.

 

O Brasil caiu três posições em relação à pontuação de 2017 a 2019, saindo da 32ª para a 35ª posição.

 

Normalmente, o relatório compila dados dos três anos anteriores de pesquisas, para aumentar o tamanho da amostra. Porém, em 2020, devido ao impacto da pandemia de covid-19, um outro ranking também foi divulgado, comparando os últimos resultados apenas aos do ano passado. Nesta comparação, a queda do Brasil é de nove posições e o país fica em 41ª lugar.

 

No entanto, as coisas melhoraram para 22 nações. Vários países asiáticos se saíram melhor do que no ranking do ano passado. A China, por exemplo, saltou dez posições, do 94º para o 84º lugar.

 

Para chegar à pontuação, residentes dos países são questionados sobre o seu próprio nível de felicidade e as respostas são cruzadas com seis fatores: Produto Interno Bruto (PIB), expectativa de vida, suporte social, liberdade para fazer escolhas, generosidade e percepção da corrupção.

 

Os autores explicaram que, este ano, houve uma "frequência significativamente maior de emoções negativas" em pouco mais de um terço dos países, provavelmente devido aos efeitos da pandemia.

 

"Surpreendentemente, não houve, em média, um declínio no bem-estar quando medido pela avaliação das próprias pessoas sobre suas vidas",

 

disse John Helliwell, um dos autores.

 

"Uma possível explicação é que as pessoas veem a covid-19 como uma ameaça externa comum, que afeta a todos, e isso gerou um maior senso de solidariedade",

explicou.

 

A Finlândia obteve uma classificação muito alta "em medidas de confiança mútua que ajudaram a proteger vidas durante a pandemia", de acordo com o estudo.

Apesar de seus longos invernos e da fama dos seus habitantes, considerados pouco expansivos, a Finlândia goza de um padrão de vida muito elevado, serviços públicos eficientes e muitas florestas e lagos. O país também está muito bem posicionado em termos de solidariedade e na luta contra a pobreza e as desigualdades sociais.

 

A nação nórdica de 5,5 milhões de habitantes é considerada um sucesso no continente quando o assunto é a gestão da pandemia registrando pouco mais de 70 mil casos de covid-19 e 805 mortes devido à doença, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.

 

Os países nórdicos destacam-se no ranking há anos. Antes da Finlândia, a Noruega venceu em 2017, e a Dinamarca ocupou o primeiro lugar por muito tempo.

 

Neste link é possível baixar o relatório completo:

 

https://happiness-report.s3.amazonaws.com/2020/WHR20.pdf


Mas voltando a falar em Felicidade, cabe a pergunta: Como ser feliz em meio a todo esse caos que vivemos atualmente?

Fui buscar pergunta a este questionamento com a Psicóloga Renata Tarpinian que nos traz a seguinte reflexão:

“Todos nós seres humanos buscamos a felicidade. E é tão mais fácil ser feliz quando tudo transcorre bem na nossa vida, não é mesmo?!

Mas e quando nos deparamos com uma situação como essa que estamos vivendo com a pandemia? Onde vamos sentindo as coisas saindo do nosso controle...

Acredito que um dos caminhos que pode nos levar a experimentarmos a felicidade é a aceitação.

A aceitação envolve abrir mão do controle e a entrega à fé Divina, que rege tudo e a todos com muito amor e perfeição.

E cabe a nós ficarmos com o momento presente, o aqui e agora, onde a vida acontece! E cuidarmos das possibilidades que temos ou podemos criar, para assim experimentarmos mais momentos de felicidade...”

Linda essa mensagem que a Renata nos touxe!

Ainda sobre a Felicidade, Platão nos diz:

que o mundo material (em que vivemos) é enganoso, instável, e logo, não pode gerar felicidade. O caminho da felicidade seria então o abandono das ilusões em direção ao mundo das ideias (inteligível e perfeito), até que se alcance o conhecimento supremo, a ideia do bem.

Outro filósofo grego que nos fornece uma definição de felicidade é Aristóteles (384-322 a.C.). sem tirar os pés do chão, este filósofo afirma

que não se pode abandonar a companhia da família, dos amigos, a riqueza e o poder. Todos esses elementos, e o prazer que deles resulta, promovem o bem-estar material e a paz social, indispensáveis à vida humana.

Além disso, na concepção de Aristóteles, o desfrutar de tais prazeres devem estar vinculado ao exercício (prático) de virtudes, como a generosidade, a coragem, a cortesia e a justiça, que no seu conjunto, podem contribuir para a felicidade completa do ser humano.

E para finalizar, precisamos compreender que vivemos em sociedade, não adianta tentar entender ou encontrar a felicidade dentro de si se nosso entorno não está feliz, se nosso próximo não está feliz, no momento que muitos ao nosso redor estiverem felizes, quando as pessoas a quem amamos e queremos bem estiverem felizes, nós também estaremos.


A felicidade contagia, está dentro de nós, saibamos entendê-la, compartilhá-la, dividi-la... momentos de tristeza são comuns no atual estágio em que nosso mundo se encontra, mas isso é passageiro, estamos em evolução,
 assim como momentos alegres, mas a Felicidade é uma meta a ser alcançada, um objetivo em nossa caminhada, uma missão em nossas vidas, aqui estamos com objetivo de sermos felizes, agradeçamos a oportunidade da vida, a natureza, aos ensinamentos que nos são dados todos os dias.

Sejamos felizes só depende de nós!

Boa semana a todos!

domingo, 14 de março de 2021

PAÍSES LIVRES DO COVID

 PAÍSES LIVRES DO COVID

A maioria dos países tem lutado há quase um ano ou mais que isso contra a pandemia da Covid-19, muitos que já enfrentaram, ou enfrentam agora, uma segunda ou terceira onda além das novas variantes, no entanto, em certas partes do mundo, o coronavírus não chegou.

É isso que você leu mesmo, apesar de uma pandemia mundial existem lugares onde o vírus não chegou, veja aqui alguns deles:

·         Palau

·         Micronésia

·         Ilhas Marshall

·         Nauru

·         Kiribati

·         Ilhas Salomão

·         Tuvalu

·         Samoa

·         Vanuatu

·         Tonga

O que esses países tem em comum além de estarem livres do vírus SARS-CoV-2?

São ilhas remotas, todas situadas no Pacífico a região que aglomera o maior número destas nações insulares, e alguns deles são os países menos populosos do mundo, para ter uma idéia a população somada de todos esses países, que listei acima, atinge pouco mais de 1.500.000 habitantes segundo fontes do Banco Mundial (2018).

Destinos exóticos e muito procurado turisticamente todos esses locais estão, de fato, fechados desde a decretação da pandemia pala OMS, mesmo assim, sem infectar uma única pessoa, o vírus deixou um rastro de destruição local.


Lojas não estão funcionando, hotéis estão fechados, restaurantes vazios, a opção por lá foi a saúde da população em detrimento da economia local.

O arquipélago de Palau, por exemplo tem a base de sua economia no turismo, em 2019, 90 mil turistas chegaram ao país, cinco vezes sua população total, em 2017, dados do FMI (Fundo Monetário Internacional) mostraram que o turismo responde por 40% de seu PIB (Produto Interno Bruto, ou a soma das riquezas de um país).

"O oceano aqui é muito mais bonito do que em qualquer outro lugar do mundo", diz Brian Lee, gerente e coproprietário do Palau Hotel, o mais antigo do país.


É o oceano azul-celeste que manteve Lee ocupado.

Antes da covid-19, seus 54 quartos tinham uma taxa de ocupação de 70% -80%. Mas quando as fronteiras se fecharam, não havia mais hóspedes.

"É um país pequeno, então a população local não vai ficar em Palau", diz.


Ele tem cerca de 20 funcionários e mantém todos empregados, ainda que com jornada reduzida.

"Tento encontrar empregos para eles - manutenção, reforma e assim por diante", diz ele.

Já em Majuro, temos o Hotel Robert Reimers localizado em uma faixa de terra no atol principal do arquipélago, com uma lagoa de um lado e o oceano do outro.


Antes da covid-19, os 37 quartos tinham uma taxa de ocupação de 75% - 88%, com hóspedes principalmente da Ásia, Pacífico ou "do continente" (Estados Unidos).

Desde o fechamento das fronteiras no início de março, essa taxa tem sido de 3% a 5%.

"Recebemos alguns vindos de outras ilhas", diz Sophia Fowler, que trabalha para o grupo hoteleiro. "Mas não muito."

Nacionalmente, o país deverá perder mais de 700 empregos com a crise da covid-19, a maior queda desde 1997. Desses, 258 serão no setor de hotelaria e de restaurantes.

Mas este auto isolamento afeta outros segmentos que não o turismo, e isso vai variar de um país para o outro, outro exemplo, as Ilhas Marshall são muito menos dependentes dos turistas do que Palau e Majuro, para eles o problema maior está na indústria pesqueira.

Para manter o país livre de Covid-19, os barcos que estiveram em países infectados foram proibidos de entrar nos portos do país e outras embarcações, incluindo petroleiros e navios-contêineres, deveriam passar 14 dias no mar antes de entrar, as licenças de pesca não foram vendidas e os voos de carga foram cortados.

O impacto é nítido, as Ilhas Marshall são especializadas em peixes de aquário — o mais popular é o peixe-anjo-chama, e com o isolamento essas exportações caíram 50%, de acordo com um relatório do governo americano, as vendas de atum caíram em igual proporção e outras indústrias pesqueiras esperam uma queda de 30%.


E o mais interessante, embora o fechamento das fronteiras tenha tornado mais pobres os países sem covid-19, nem todo mundo quer que elas sejam reabertas.

O médico Len Tarivonda é diretor de saúde pública na ilha de Vanuatu, com 300 mil habitantes. Apesar de trabalhar na capital, Port Vila, ele é natural de Ambae, uma ilha de 10 mil habitantes a cerca de 270 km ao norte.

“Se você falar com eles [em Ambae], a maioria diz para manter a fronteira fechada pelo maior tempo possível", diz ele. "Eles dizem: Não queremos a doença - caso contrário, estamos condenados, basicamente.'"

Em Vanuatu cerca de 80% da população vive fora das cidades e da "economia formal", diz Tarivonda.

"Minha avaliação é que eles não necessariamente sentem esse impacto ainda. São agricultores de subsistência, cultivam seus próprios alimentos — dependem da economia local tradicional."

E assim vamos passando por todos esses países, todos com peculiaridades próprias, mas com algo em comum a saúde em primeiro lugar em detrimento da economia, novos parâmetros para o futuro, novas perspectivas boas ou ruins, mas que com certeza trarão grandes ensinamentos como tudo que passamos na vida.

E então ficou com vontade de viajar pra lá? Vamos aguardar o fim desta pandemia, como dizem que sempre há luz no fim do túnel continuemos firmes trabalhando, com fé e esperança para que este aprendizado nos traga dias melhores, enquanto isso já que eu e você não estamos em uma ilha no oceano pacífico sem contato com o vírus, vamos continuar com os procedimentos padrão, lavar bem as mãos, usar álcool gel, usar máscara, promover o isolamento social, evitar aglomerações, ficar em casa (se for possível), tomar as vacinas assim que estiverem disponíveis e sejamos conscientes.

Boa semana a todos!

Fontes: bbc.com  e agenciabrasil.ebc.com.br

domingo, 7 de março de 2021

É PROIBIDO NASCER EM NORONHA?

  É PROIBIDO NASCER EM NORONHA?

 

Esta semana uma notícia me chamou a atenção, apesar de ser uma normatização antiga em vigor desde 2004, só agora tem tido mais repercussão e vocês irão entender o porquê, hoje iremos tratar de um assunto relacionado a Fernando de Noronha.


Para início de entendimento Fernando de Noronha é um Distrito Estadual, o único no Brasil, ou seja, trata-se de um território administrado diretamente por um governo estadual, não submetido a um municipal: tem sua administração inerente à esfera estadual, com um administrador indicado pelo governador, para cuidar dos temas locais e representá-lo na área, é um arquipélago brasileiro do estado de Pernambuco. Formado por 21 ilhas, ilhotas e rochedos de origem vulcânica, ocupa uma área total de 26 km² — dos quais 17 km² são da ilha principal — e se situa no Oceano Atlântico a nordeste do Brasil continental, distando 545 km da capital pernambucana, Recife, e 360 km de Natal no Rio Grande do Norte. O centro comercial da ilha é o núcleo urbano de Vila dos Remédios. A administração do Parque Nacional está atualmente a cargo do  Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Na verdade, desde 2004 é “proibido” alguém nascer no arquipélago, de lá para cá mulheres de Fernando de Noronha, em Pernambuco, são forçadas a se afastar de casa para terem seus bebês, pois o único hospital local não está preparado para realizar partos. Aquelas que se recusam são coagidas a sair, nem mesmo nativas podem optar por ficar.

Esta semana, em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, no dia 11 de março, a cineasta e jornalista carioca Joana Lin lança um documentário, tentando lançar um pouco de luz sobre toda essa situação.

Foi ao ouvir a frase “Aqui é proibido nascer” em uma loja de artesanato na ilha em 2010 que ela resolveu que era hora de entrar a fundo em um dos assuntos mais controversos desse arquipélago.

Proibido Nascer no Paraíso é um documentário que acompanha três gestantes de famílias tradicionais de Noronha cujo desejo é dar à luz no local onde moram, perto de seus familiares e se veem pressionadas ou cerceadas desses seus direitos

Um dos motivos alegados pela administração da Ilha seriam as condições precárias do hospital local, o São Lucas, que afetam não apenas as gestantes, mas também os turistas, pois a instituição não está preparada para qualquer intervenção que dependa de um centro cirúrgico, anestesista, banco de sangue, UTI ou qualquer outro tipo de atendimento para além do básico.

Por esse motivo então, a falta de preparo do único hospital local,  desde 2004, mulheres de Fernando de Noronha, são forçadas a se afastar de casa para terem seus bebês, e aquelas que se recusam são coagidas a sair, nem mesmo nativas podem optar por ficar.

 

Mas fica muito longe quem pensa que o documentário trata apenas da questão da gestante de Noronha, vai muito além, trata do poder da mulher de decidir sobre seu próprio corpo, como relata Joana em entrevistas recentes.

 

Ela quer ter o filho e decidir como", embora não haja uma lei específica que justifique a medida, toda gestante de Noronha é convidada a deixar a ilha no sétimo mês da gravidez para ter o bebê no continente.

 

Trata-se a mulher como propriedade alheia, para a cineasta, medidas como essas são como um apagamento da figura feminina, como se a mulher fosse "uma propriedade de terceiros". mais do que um sentimento de não pertencimento, ao serem retiradas de casa em um momento de fragilidade, as mulheres são unânimes em definir a situação como "pressão psicológica", "desgaste emocional" e "eterna luta pelos direitos.

 

Antes do fechamento da maternidade, cerca de 40 partos eram realizados por ano em Noronha. Por conta do fechamento, hoje há quem escolha não engravidar ou não ter um segundo filho. Noronhenses, nascidos na ilha mesmo encontram-se em processo de extinção.

 

Isso tudo ocorre em um período de grande expansão turística na região, cabe ressaltar que para entrar em Fernando de Noronha o turista é obrigado a recolher uma taxa chamada TPA Taxa de Preservação Ambiental, hoje no valor de R$ 79,20 por dia, então um turista que por exemplo queira ficar 30 dias R$ 5.585,82 além de outras taxas que são cobradas como por exemplo para acessão a área do Parque Nacional Marinho que é um tributo Federal, em 2019 o Governo de Pernambuco arrecadou R$ 35,363 milhões com a TPA.

 

No documentário, Joana ainda nos traz outras revelações:

Ela estranha a coincidência entre as datas de início do controle migratório e da suspensão dos partos e tem um palpite sobre uma das razões por trás das medidas: o direito a terra. Apesar de vetada a compra de terreno em Noronha, nativos e moradores permanentes que estejam há mais de dez anos na ilha podem solicitar ao governo uma permissão para uso da terra, a partir do Termo de Permissão de Uso (TPU). A conquista de um TPU, consequentemente, torna a pessoa um possível parceiro para investidores do turismo, já que para abrir um estabelecimento lá é necessário ter sócio local.

“Creio que o receio seja de que pessoas que não são da ilha comecem a querer ter filhos na ilha para ter direitos. Inclusive, não só do governo, mas da população também. Os nativos querem partos na para eles, não para quem é de fora. A preocupação é parecida: impedir oportunistas. O problema é que, ao invés de enfrentar esse problema pelo Legislativo, por exemplo, eles simplesmente optam por penalizar a mulher.”

A penalização não significa abandono completo. Toda gestante em Fernando de Noronha tem direito a realizar mensalmente um acompanhamento pré-natal no posto de saúde local. Caso seja necessário um exame, porém, será preciso se deslocar até Recife, em viagens custeadas pela administração, para serem atendidas no SUS. O período de três ou quatro meses anterior ao parto e, obrigatoriamente, passado na capital pernambucana também é bancado pelo Estado, que fornece hospedagem, três refeições diárias e uma passagem de ida e volta para um possível acompanhante. Mas quem pode ficar quatro meses fora do trabalho, pergunta Joana, apontando para o fato de que muitas licenças-maternidade são negociadas caso a caso e poucos são os empregadores compreensíveis com a situação. E finaliza: “A assistência é dada, de fato, e não é ruim. O problema é que ela é compulsória. Na prática, a mulher não tem escolha. É uma violência travestida de assistência”.

Enfim o que espero é que o direito seja sempre respeitado, sejam das mulheres gestantes de Noronha ou de todos, e me dou o direito de imaginar que o poder econômico e político não esteja por trás de tudo isso,  que o objetivo final, se certo ou errado, seja o bem estar das gestantes e das crianças, pois seria muito triste ter que conviver com esse fato, mais um além de tantos que temos enfrentados esses tempos, assistamos ao documentário e tirem suas conclusões!

Assista ao trailer do documentário

Uma boa semana a todos!



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