domingo, 14 de março de 2021

PAÍSES LIVRES DO COVID

 PAÍSES LIVRES DO COVID

A maioria dos países tem lutado há quase um ano ou mais que isso contra a pandemia da Covid-19, muitos que já enfrentaram, ou enfrentam agora, uma segunda ou terceira onda além das novas variantes, no entanto, em certas partes do mundo, o coronavírus não chegou.

É isso que você leu mesmo, apesar de uma pandemia mundial existem lugares onde o vírus não chegou, veja aqui alguns deles:

·         Palau

·         Micronésia

·         Ilhas Marshall

·         Nauru

·         Kiribati

·         Ilhas Salomão

·         Tuvalu

·         Samoa

·         Vanuatu

·         Tonga

O que esses países tem em comum além de estarem livres do vírus SARS-CoV-2?

São ilhas remotas, todas situadas no Pacífico a região que aglomera o maior número destas nações insulares, e alguns deles são os países menos populosos do mundo, para ter uma idéia a população somada de todos esses países, que listei acima, atinge pouco mais de 1.500.000 habitantes segundo fontes do Banco Mundial (2018).

Destinos exóticos e muito procurado turisticamente todos esses locais estão, de fato, fechados desde a decretação da pandemia pala OMS, mesmo assim, sem infectar uma única pessoa, o vírus deixou um rastro de destruição local.


Lojas não estão funcionando, hotéis estão fechados, restaurantes vazios, a opção por lá foi a saúde da população em detrimento da economia local.

O arquipélago de Palau, por exemplo tem a base de sua economia no turismo, em 2019, 90 mil turistas chegaram ao país, cinco vezes sua população total, em 2017, dados do FMI (Fundo Monetário Internacional) mostraram que o turismo responde por 40% de seu PIB (Produto Interno Bruto, ou a soma das riquezas de um país).

"O oceano aqui é muito mais bonito do que em qualquer outro lugar do mundo", diz Brian Lee, gerente e coproprietário do Palau Hotel, o mais antigo do país.


É o oceano azul-celeste que manteve Lee ocupado.

Antes da covid-19, seus 54 quartos tinham uma taxa de ocupação de 70% -80%. Mas quando as fronteiras se fecharam, não havia mais hóspedes.

"É um país pequeno, então a população local não vai ficar em Palau", diz.


Ele tem cerca de 20 funcionários e mantém todos empregados, ainda que com jornada reduzida.

"Tento encontrar empregos para eles - manutenção, reforma e assim por diante", diz ele.

Já em Majuro, temos o Hotel Robert Reimers localizado em uma faixa de terra no atol principal do arquipélago, com uma lagoa de um lado e o oceano do outro.


Antes da covid-19, os 37 quartos tinham uma taxa de ocupação de 75% - 88%, com hóspedes principalmente da Ásia, Pacífico ou "do continente" (Estados Unidos).

Desde o fechamento das fronteiras no início de março, essa taxa tem sido de 3% a 5%.

"Recebemos alguns vindos de outras ilhas", diz Sophia Fowler, que trabalha para o grupo hoteleiro. "Mas não muito."

Nacionalmente, o país deverá perder mais de 700 empregos com a crise da covid-19, a maior queda desde 1997. Desses, 258 serão no setor de hotelaria e de restaurantes.

Mas este auto isolamento afeta outros segmentos que não o turismo, e isso vai variar de um país para o outro, outro exemplo, as Ilhas Marshall são muito menos dependentes dos turistas do que Palau e Majuro, para eles o problema maior está na indústria pesqueira.

Para manter o país livre de Covid-19, os barcos que estiveram em países infectados foram proibidos de entrar nos portos do país e outras embarcações, incluindo petroleiros e navios-contêineres, deveriam passar 14 dias no mar antes de entrar, as licenças de pesca não foram vendidas e os voos de carga foram cortados.

O impacto é nítido, as Ilhas Marshall são especializadas em peixes de aquário — o mais popular é o peixe-anjo-chama, e com o isolamento essas exportações caíram 50%, de acordo com um relatório do governo americano, as vendas de atum caíram em igual proporção e outras indústrias pesqueiras esperam uma queda de 30%.


E o mais interessante, embora o fechamento das fronteiras tenha tornado mais pobres os países sem covid-19, nem todo mundo quer que elas sejam reabertas.

O médico Len Tarivonda é diretor de saúde pública na ilha de Vanuatu, com 300 mil habitantes. Apesar de trabalhar na capital, Port Vila, ele é natural de Ambae, uma ilha de 10 mil habitantes a cerca de 270 km ao norte.

“Se você falar com eles [em Ambae], a maioria diz para manter a fronteira fechada pelo maior tempo possível", diz ele. "Eles dizem: Não queremos a doença - caso contrário, estamos condenados, basicamente.'"

Em Vanuatu cerca de 80% da população vive fora das cidades e da "economia formal", diz Tarivonda.

"Minha avaliação é que eles não necessariamente sentem esse impacto ainda. São agricultores de subsistência, cultivam seus próprios alimentos — dependem da economia local tradicional."

E assim vamos passando por todos esses países, todos com peculiaridades próprias, mas com algo em comum a saúde em primeiro lugar em detrimento da economia, novos parâmetros para o futuro, novas perspectivas boas ou ruins, mas que com certeza trarão grandes ensinamentos como tudo que passamos na vida.

E então ficou com vontade de viajar pra lá? Vamos aguardar o fim desta pandemia, como dizem que sempre há luz no fim do túnel continuemos firmes trabalhando, com fé e esperança para que este aprendizado nos traga dias melhores, enquanto isso já que eu e você não estamos em uma ilha no oceano pacífico sem contato com o vírus, vamos continuar com os procedimentos padrão, lavar bem as mãos, usar álcool gel, usar máscara, promover o isolamento social, evitar aglomerações, ficar em casa (se for possível), tomar as vacinas assim que estiverem disponíveis e sejamos conscientes.

Boa semana a todos!

Fontes: bbc.com  e agenciabrasil.ebc.com.br

4 comentários:

  1. Felizmente ninguém foi infectado, porém sofre com a queda da economia que já é pequena. Dos males o menor, senão seriam dizimados.

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  2. Caramba!!! Muito interessante. Passado mais de um ano, ainda tem países que se livraram do vírus.

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